quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Companheiro - Maria Eugênia

Vai amigo
Não há perigo que hoje possa assustar

Não se iluda
Que nada muda se você não mudar

Ponha alguma coisa na sacola
Não esqueça a viola
Mas esqueça o que puder
E cante que é bom viver..

Rasgue as coisas velhas da lembrança
Seja um pouco de criança
Faça tudo o que quiser
E cante que é bom viver...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Grato Amigo!

Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...
Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...
Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...
Pelo silêncio que diz quase tudo,
por este olhar que me reprova mudo...
Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...
Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...
Por este olhar que diz:
"Amigo, vá em frente!"
Por ficar triste, quando estou tristonho,
por rir comigo quando estou risonho...
Por repreender-me, quando estou errado,
por meu segredo, sempre bem guardado...
Por seu segredo, que só eu conheço,
e por achar que apenas eu mereço...
Por me apontar pra DEUS a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...
Por tudo isso e muito mais eu digo:
Deus te abençoe meu querido amigo(a)!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Here comes the sun

Here Comes The Sun
The Beatles
Composição: George Harrison


Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Little darling
It's been a long cold lonely winter
Little darling
It feels like years since it's been here
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Little darling
The smiles returning to the faces
Little darling
It seems like years since it's been here
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right

Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...

Little darling
I feel that ice is slowly melting
Little darling
It seems like years since it's been clear
Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right
Here comes the sun
Here comes the sun
It's all right
It's all right

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Você tem Experiência?

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência?'

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.

Redação Vencedora:

Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Ja peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas...

Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?'Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. . experiência.. . Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?
Silvio Calazans - (Publicado no jornal interno do RH - Volkswagen do Brasil - nome do candidato não mencionado)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera

Homenagem a Primavera
Lá vem ela
Pelas praças e jardins
Sorridente e bela
A primavera

Com as chuvas criadeiras
Resplandecendo nos canteiros
Alegrando as brincadeiras
Florescendo nos outeiros

Sua brisa já posso sentir
O aroma que trás lembrança
Perfume que envolve a alma
No colorido que da esperança

Estação que alegra os olhos
Estação que embeleza a terra
Estação que acalanta e revela
E inspira a escrita dos poetas

É tempo de ver as “borboletas”
É tempo de ouvir passarinhos
É tempo de luz que revela
A beleza da Primavera

Cláudia Liz

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ORIGENS

ORIGENS
Neto Fagundes e Estado das Coisas
Composição: Antônio Augusto Fagundes - Euclides Fagundes Filho

Campeando, um rastro de glória, vem o sovado de pealo
Erguendo, a poeira da história, nas patas do meu cavalo
O índio, que vive em mim, bate um tambor no meu peito
O negro, também assim, tempera e adoça o meu jeito
Com laço, e com boleadeira, com garrucha, e com facão
Desenhei, pátria e fronteira, pago querência e nação


Eu sei que não vou morrer
Por que de mim vai ficar
O mundo que eu construí
O meu Rio Grande o meu lar
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar

Sou a gaita corcoveando, nas mãos do velho gaiteiro
Dizendo por onde ando, que sou gaúcho e campeiro
Eu sou o moço que canta, o pago em cada canção
E traz na própria garganta, o eco do seu violão
Sou o guri pelo duro, campeando um mundo de amor
E me vou rumo o futuro, tendo no peito um tambor

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Viver ou juntar dinheiro?


"Prezado Max meu nome é Renato, tenho 61 anos, e pertenço a uma geração azarada.
Quando eu era jovem as pessoas diziam em escutar os mais velhos, que eram mais sábios agora me dizem que tenho de escutar os jovens porque são mais inteligentes.

Na semana passada eu li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa. Aprendi por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante.

Impressionado peguei um papel e comecei a fazer contas, e descobri para minha surpresa que hoje eu poderia estar milionário. Bastava eu não ter tomado as caipirinhas que eu tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que eu comprei, e principalmente não ter desperdiçado meu dinheiro, em itens supérfluos e descartáveis. Ao concluir os cálculos percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.

É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas se tivesse sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto feliz em ser pobre.

Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer.E recomendo aos jovens e brilhantes executivos, que façam a mesma coisa que eu fiz.

Caso contrário eles chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro, mas sem ter vivido a vida".

Por Max Gehringer

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Amando-se

Uma senhora fazia feira há mais de 20 anos pensando nas coisas fresquinhas que iria levar para o marido,para o filho mais velho, para o filho do meio, e para a caçulinha.

Um dia ela foi surpreendida pela pergunta do feirante:

- E para a Senhora, o que vai levar?

Ela foi até em casa pensando nos jilós que há muitos anos não comprava, apesar de adorar, ela nunca comprava o danado do jiló pois ninguém em sua casa gostava.

Nesse dia ela chegou em casa e voltou correndo para a feira e comprou um monte de jiló fresquinho, e preparou com gosto como se fosse para uma rainha, e comeu com mais gosto ainda, sentindo-se a própria rainha.

Quantos jilós deixamos de comer para agradar essa ou aquela pessoa? Quantas coisas boas deixamos para trás em nome do amor? Quantos sapos engolimos, e as vezes, até humilhações sofremos calados.

Tudo em nome do amor. Sei lá que raio de amor é esse, amor de peixe podre: quando mexe fede, quando frita faz mal?

Tenho andado pelas ruas e continuo vendo as pessoas de olhar baixo,olhos cansados, semblante pesado.

Parece que as pessoas estão esperando algo acontecer para serem felizes. Ouço muitos suspiros!
As pessoas afirmam que se tivessem mais dinheiro,seriam felizes, se tivessem alguém para amar seriam felizes, se tivessem um emprego seriam felizes...

De outro lado, vejo pessoas com muito dinheiro com muito medo de perderem o que conquistaram, com medo de sair na rua,com medo de seqüestro, tomando "sono em caixinhas de remédios ".

Vejo casais brigando por cada besteira, ciúmes,paranóias,desgaste de relações, filhos abandonados, incompreensão...

Gente empregada reclamando do chefe,do salário, do lugar, da cadeira, dos amigos da mesa ao lado... E, o tempo passando...escorrendo como areia fina pelos dedos. As oportunidades passam na nossa vida e nem damos bola!

Estamos ocupados demais em atender a esse ou aquele pedido dos outros, estamos nervosos demais na reclamação, na angústia, na incompreensão dos outros.

Continuamos colocando sonhos malucos em nossa cabeça sem avisar as partes interessadas.

Por fim, não acreditamos que a felicidade está na nossa porta:

Que está dentro de nós agora, que podemos comer jiló quando quisermos, que podemos não querer jiló nessa hora.

Somos donos do nosso nariz, se quebrarmos a cara em uma tentativa qualquer.

Somos nós que temos que nos levantarmos, tirar o aprendizado da experiência e tocar o barco.

Olha, a sua vida é um barquinho, sua vontade são os remos, os desafios são os rios turbulentos.

Para avançar seu barquinho e alcançar um porto seguro (ser feliz),é preciso gostar de seu barquinho,cuidar dele com carinho. Imagine se o seu barco estiver com o casco furado?

Você não vai chegar em lugar nenhum..!!

Por isso repito sempre aqui: cuide primeiro do seu barquinho (sua vida), quando ele estiver forte, bonito e preparado para vencer os rios, você poderá rebocar todos os que estiverem "perdidos pelo caminho".

Ah.., e se você tiver vontade de comer jiló

Vá à feira, e escolha os mais bonitos e coma até se lambuzar...!!!

Orlando Barsot

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mi!!! TE AMO minha irmã



DO LADO DE CÁ - Chimarruts

"Se a vida as vezes da uns dias de segundos cinzas e o tempo tic taca devagar
Ponha o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguem para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora,

Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra pular
Do lado de cá, a vista é bonita a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá..."

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pudim

Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir Pudim de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.
Um só.

Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação..

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão.....

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou
e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar
vários pedaços de pudim,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
um pudim inteiro
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Malvino Salvador, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . .

Martha Medeiros

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vídeo disciplina Áudio e Vídeo como Recurso para EAD

Vídeo produzido para a disciplina Áudio e Vídeo como Recurso para EAD, professor Alvaro Fraga Moreira Benevenuto Junior, do Curso de Curso de Especialização em Tecnologias na Educação, Universidade de Caxias do Sul.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Parabéns mamães

O mundo não é maternal…

É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto.
Quando se é adolescente pensa que viveria melhor sem ela, mas é erro de cálculo.
Mãe é bom em qualquer idade.
Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos.
O mundo quer defender o seu, não o nosso.
O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.
Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividado por 20 anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência, e estoure o cartão de crédito.
Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes
e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente.
Não consegue enxergar através.
Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento.
O mundo quer que sejamos lindos,
Sarados e vitoriosos, para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta.
O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.
O mundo quer nosso voto mas não quer atender nossas necessidades.
O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui.
O mundo não tem doçura, não tem paciência, não para para nos ouvir.
O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada
dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio,
de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Para o mundo, quem menos corre, voa.
Quem não se comunica se trumbica.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas…
Mãe é de outro mundo.
É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática,
chega a ser até corruptível
se oferecermos em troca alguma atenção.
Mãe sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes
e tenta adivinhar todas as nossas vontades,
Enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima,
seleciona os mais bem dotados e cobra caro pelo seu tempo.
Mãe é de graça!!!

Martha Medeiros

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O direito ao "foda-se" - de Millôr Fernandes

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade
de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o
conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna
uma pessoa melhor.

Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo ? Então foda-se!".

"Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!".

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem.

O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormentapedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.

Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma! ", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.

Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: " Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto- estima.

Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de
vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pra Você Guardei o Amor - Nando Reis

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir



Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tiachica - Lança nova música

Confira a nova música da Banda Tiachica - Nosso Amor ficou no Carnval